
Os incêndios na Amazônia têm se espalhado e preocupado cada vez mais. E, de acordo com o Ministério Público Federal, eles precisam de ainda mais atenção. Uma pesquisa do MPF identificou que, 1/3 de áreas já desmatadas na Amazônia foram alvos de queimadas em 2019. Ou seja, 170 mil hectares desmatados ilegalmente entre 2015 e 2017 apresentaram focos de incêndios este ano.
De acordo com o estudo, o fogo na região vem sendo utilizado, principalmente, para consolidar e expandir trechos sem mata nativa. Para produzir o estudo, os peritos do MPF cruzaram informações do projeto Amazônia Protege e do Inpe.
Os resultados revelaram que, 354 áreas desmatadas ilegalmente em 2016 e 462 áreas desmatadas em 2017 pegaram fogo entre 1º de janeiro e 10 de setembro de 2019. Ou seja, 1/3 de áreas desmatadas, voltam a receber denúncias de crimes ambientais na Amazônia.
“A presença de focos em áreas alvo do Amazônia Protege é um forte indicativo que estas estão em processo de ‘limpeza’ para utilização e expansão”, conclui o laudo. Todas as informações foram disponibilizadas online pelo MPF, em um mapa interativo. Agora, o estudo será enviado ao Tribunal Federal Regional para analisar ações futuras.
Incêndios no Cerrado também preocupam
No mês de setembro, os focos de incêndio no Cerrado ultrapassaram as queimadas na Amazônia. Assim como a Floresta Amazônica, o Cerrado é fonte de grande biodiversidade.
O bioma é o segundo maior da América Latina. Acredita-se que o Cerrado possuam cerca de 10 mil espécies vegetais, sendo 4,4 mil endêmicas, 837 espécies de aves e 161 espécies de mamíferos.