O Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas foi instituído no dia 2 de dezembro de 2011, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de realizar ações que reduzam o impacto das mudanças climáticas, a data também é um alerta principalmente para líderes mundiais.
Dentre os problemas identificados nessas últimas décadas, a poluição atmosférica é um fator essencial. A influência de gases poluentes, vapores de ácidos, poeira, fuligem, fumaça, causam diversos danos que acometem severamente a saúde, não apenas dos seres humanos, como em qualquer organismo vivo. Porém, as mudanças do clima, recorrentemente associadas com excesso de CO2, são relacionadas como um dos maiores problemas atuais do planeta, sendo a força motriz causadora de diversas mudanças nos padrões naturais que observamos.
Por isso, é preciso ser um marco para definição de estratégias, mobilização dos atores responsáveis por essa conscientização e ações de adaptações diante das emergências climáticas, destinadas a todas as esferas da sociedade, englobando também o quesito vulnerabilidade social, como por exemplo o aumento da frequência de chuvas com maior intensidade, alagamentos.
As consequências que este aumento ocasiona em cada setor da vida humana, passa desde um mero desconforto térmico frequente, a uma emergência humanitária, a exemplo, os grandes êxodos de áreas semiáridas. No Nordeste Brasileiro, percebemos a recorrência de eventos de chuvas intensas, quebra de recordes de temperaturas, modificação do regime pluviométrico, o qual leva a modificação no ciclo hidrológico e agrícolas. Os efeitos adversos impactam fortemente os setores socioeconômicos em qualquer lugar, sendo os países com menos recursos, mais impactados, visto a menor capacidade de proteger frente às mudanças ambientais.
A conscientização de que a problemática relacionada ao clima depende de ações locais, em que cada indivíduo pode contribuir com a mitigação dos efeitos climáticos, é o primeiro passo para minimizar e até mitigar os efeitos negativos que as mudanças do clima vêm causando. Portanto, ao celebrar o dia 16 de março, celebrado o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, devemos lembrar que o conjunto de pequenas ações é o que irá mover o planeta em direção à sustentabilidade.
Já imaginou ver um momento de carinho entre moscas ou uma libélula azul se refrescando? O concurso amador de fotografia Insect Week, da Royal Entomological Society, trouxe essas e outras situações visualmente incríveis dos insetos.
A competição amadora anual recebeu mais de 700 registros de 34 países — e um total de 24 imagens foram premiadas.
A foto de um casal de moscas (Eutolmus rufibarbis) acasalando, intitulada It Takes Two (São necessários dois), de autorida de Pete Burford, de Shrewsbury, no Reino Unido, foi a vencedora geral do concurso. Burford conta que começou a se aventurar no mundo da macrofotografia durante o lockdown imposto pela pandemia de covid-19 e agora publica seu trabalho no Instagram e no TikTok.
Já na categoria Sub-18 o vencedor foi Gustav Parenmark, de 16 anos, da Suécia, com a foto de uma libelinha de cauda azul, intitulada Fresh Out Of The Shower.
Confira outras fotos do concurso amador de fotografia de insetos
Mariposa-esfinge-colibri — Foto: Marc Brouwer
Abelha (Bombus terrestris) em pleno voo — Foto: Raymond J Cannon
Borboleta (Anthocharis cardamines) iluminada pelo Sol da tarde — Foto: Sarah Perkins
Grilo (Saga hellenica) foi tirada – Foto: Panagiotis Dalagiorgos
Esta linda formiga (Euroleon nostras) foi encontrada tarde da noite após uma tempestad’ – Foto: Dennis Teichert
Besouro (Cicindela sexguttata) – Foto: Benjamin Salb
Aphaenogaster iberica – Foto: Ángel Plata
Tug of War (‘Cabo de Guerra’) — Foto: Gustav Parenmark
De 2008 a 2017, a presença da carne aumentou 12% no prato dos brasileiros de todas as faixas de renda. Por isso, o consumo deste alimento contribui com 86% da pegada de carbono da dieta, um indicador de emissão de carbono na atmosfera. Os dados são da análise de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) publicada no periódico científico “Environment, Development and Sustainability”.
O estudo foi realizado a partir da análise da Pesquisa de Orçamento Familiar, nos anos 2008 e 2017, que divulgou informações sobre consumo individual e também do preço dos alimentos. “Juntar informações sobre consumo e preço dos alimentos não é muito comum na literatura científica. Essa é uma inovação do artigo”, explica Aline Martins de Carvalho, docente da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Nele são especificadas as características do consumo de acordo com cada tipo de carne. Entre todos os grupos, o consumo de peixe reduziu 23%; de porco aumentou 78%; frango, 36%; e a carne bovina não apresentou mudanças expressivas no consumo no período analisado, apesar de ser a carne mais consumida pelo brasileiro.
A partir de um recorte de renda, os pesquisadores constataram que as famílias mais pobres, com menos de meio salário mínimo por pessoa, não aumentaram o consumo total de carne no período analisado. Este grupo reduziu o consumo de peixe, mas as refeições com frango e porco aumentaram. Dessa forma, seu impacto ambiental foi menor que os demais grupos. Entretanto, isso pode ter se dado pelo preço, acesso e aspectos sociais envolvidos no consumo de carne.
De acordo com Carvalho, o consumo da carne em altas quantidades impacta o meio-ambiente e a saúde das pessoas, aumentando o risco de quadros de câncer de intestino, hipertensão, diabetes e obesidade.
Ou seja, reduzir o seu consumo é uma saída importante, mas não é a única para melhorar a saúde das pessoas e do planeta. “Também é preciso verificar relações de preço, acesso, cultura, consumo e sustentabilidade nos diferentes grupos econômicos”, recomenda a pesquisadora.
Além disso, a nutricionista reforça a importância de discutir os impactos do consumo de carne com a população por meio das políticas públicas. “É necessária também uma abordagem inter e transdisciplinar para investigar as variações do consumo de carne no Brasil, com foco nos valores e na intencionalidade dos sujeitos”, conclui a autora do artigo.